Receita
para fazer um 130-A você mesmo!
Ao
saber que havia contrafações do 130 – A pensei: “Porque não
fazer uma eu próprio?!” Não, não me interpretem mal! Não
concordo de modo algum com a fraude. Todavia, uma vez que temos ao
nosso dispor meios gráficos e eletrónicos muito avançados, porque
não encarar este projeto como um desafio e fazermos nós mesmos um
130-A?! No fim de contas, uma fraude só é fraude se quisermos
enganar alguém. Ao fazer isto, o meu objetivo é ultrapassar as
dificuldades que se apresentam à concretização desta ideia.
Perguntar-me-ão: “ - E o que faz
depois aos livros contrafeitos?” Muito fácil: dá-los-ei
aos amigos ou, quando muito, vende-los-ei por 10 euros (para custear
as despesas inerentes ao projeto), não como originais, mas como
curiosidades para quem quiser valorizar a sua coleção.
Costuma-se dizer, “quem não tem cão, caça com gato”. Eu
digo: “Quem não conseguir arranjar um original, ponha
uma imitação na estante”. Pelo menos, provisoriamente...
Melhor do que ter um hiato no sítio, mas isto é o que eu acho,
claro.
Então:
as capa, contracapa e lombada, com algum trabalho de fotografia,
digitalização e photoshop (ou programas equivalentes)
arranjam-se facilmente. Idem em relação às 4 primeiras
páginas e à página final que, sendo todas a preto e branco, ainda
oferecem menos dificuldades.
O
problema começa a surgir em relação ao livro propriamente dito, ao
seu núcleo. Como o obter? Bem, pese a quem pesar, eu resolvi-o
canibalizando alguns nºs 200 da Vampiro. É um livro que, sem ser
fácil de arranjar, aparece com alguma frequência. É manter os
olhos abertos no OLX, Coisas ou Custo Justo, ou peregrinar pelos
alfarrabistas até conseguir. Em seguida, engula em seco, respire
fundo e tire-lhe cirurgicamente a metade de que precisa!
O
verdadeiro problema põe-se quanto à parte física das 4 primeiras
páginas, bem como da última: apesar de serem fáceis de fotocopiar,
o papel a usar não é nada fácil de obter! Trata-se de papel
de 65-70 gr, ordinarote, poroso e velho de 50 anos! Isso confere-lhe
um estado seco e amarelecido que não é fácil de imitar. Durante
muito tempo debati-me com este problema. Podia-se, com o photoshop,
colorir as folhas até obter o tom requerido, mas a textura? Até que
o acaso (ou Mercúrio ou Loki, deuses das patifarias...) me forneceu
a solução: na feira da Ladra arranjei duas sebentas em branco cujo
papel era muito parecido!
E
pronto! Aqui fica exarado para que conste o modo de confecionar um 130-A que, sem prejudicar
ninguém, valorizará, como curiosidade, as suas estantes enquanto
não vier aquele dia em que, como eu, consiga obter um original.
Muita sorte nesse sentido.
Fiquem
bem e leiam FC!
Abraço,
José
Paula Santos
NOTA
DE REPÚDIO: Caros leitores, o autor não aconselha nem sugere a quem quer
que seja iniciar uma florescente atividade contrafativa, sendo que
tal infringe sem dúvida uma meia dúzia de leis e regulamentos, nem
por qualquer meio se responsabiliza se alguém, contrariando
frontalmente esta nota, o fizer. Se alguém se sentir tentado,
sugere-se a consulta da asae ou da spa, que prontamente o elucidarão
sobre o assunto, após o que sentirá dentro do peito a satisfação
do dever cumprido! Este artigo pretende ter um papel meramente lúdico, assim a modos que um "suponhamose-o"... , que como todos sabem, constitui a base da verdadeira FC. Parafraseando o E.T. : "Beee Goood..."
Sem comentários:
Enviar um comentário